A montanha amanhece solarenga e o plano é ir até Bulnes, uma aldeia que não tem acesso por estrada e que por isso é a mais isolada dos Picos da Europa.
Do Naranjo, existem vários caminhos para Bulnes mas não há nada que enganar.
Hoje é sempre a descer.
À medida que vamos descendo a paisagem vai-se transformando. Saímos da montanha rochosa e inóspita para atravessar vales e prados verdejantes.
No caminho cruzamo-nos com algumas pessoas, outros caminhantes, que nos cumprimentam: – “hola!”.
Junto ao refúgio da Tenerosa um pastor aponta o caminho mais rápido atravessando as inverneiras, as casinhas temporárias usadas pelas populações quando é necessário usar os pastos da serra para alimentar o gado, hoje em dia praticamente abandonadas.
Chegamos a uma encruzilhada de trilhos e juntamo-nos ao trilho que liga Sotres a Bulnes, também muito usado para aceder ao Naranjo.
Em Bulnes, relax…
O acesso a esta vila faz-se caminhando ou, desde 2001, usando um funicular que liga a vila à estrada mais próxima, em Poncebos.
É o sítio perfeito para experimentar o queijo de Cabrales, feito pelos pastores da região.
À tarde continuamos para Poncebos. A paisagem deixa-me pasmada a cada passo que dou na Ruta del Canal del Tejo, um vale hiper-panorâmico que se vai fechando à medida que descemos até ao Rio Cares.
E lá em baixo, começa um dos trekkings mais icónicos da região…
Dados (aproximados): distância: 13.5km | duração: 6h | desnível total: 135m(up) 1930m(down)
uau!! parece ser lindissimo!!
Teve que fazer muita preparação fisica antes?
Olá Tânia! Não fiz (nem faço normalmente) preparação nenhuma, foi só pegar na mochila.
Mas a verdade é que ao 4o dia ja me doíam bastante as pernas 😉
De cortar a respiração!
Já andei pelos Picos da Europa de mota e adorei, mas tenho de reconhecer: não é comparável a andar a pé! Fiquei inbejosa!
C. (de tia…hehehe)