E ainda é assim que grande parte da população que vive nas aldeias por onde vamos passando o faz: Os miúdos fardados para a escola, as adolescentes de sandálias de salto compradas na cidade, as mães com sacos de compras, os velhotes a caminho do café, os pastores com as cabras e ovelhas, todos eles sobem e descem os mesmos infinitos degraus, que os caminhantes de mochila às costas.
Para mudar de margem do rio, existem alguns pontos estratégicos onde foram construídas pontes suspensas, umas mais modernas que outras.
E eu até percebo. É esquisito pensar num futuro longínquo em que autocarros largam magotes de turistas no Campo Base do Everest para tirar uma fotografia e voltar para trás, quando tantos caminhantes já despenderam tanto tempo, energia e dinheiro, aguentaram o mau tempo e perseveraram para conseguir lá chegar e saborear a sua experiência exclusiva, que nunca mais será possível.
Mas isto é um exagero e está muito longe de acontecer.