De passaporte na mão passamos novamente para a Bosnia-Herzegovina, mais concretamente para a sua região Republica Srpska. Mas não há carimbos, pessoas mal encaradas ou esperas prolongadas… É quase como se a fronteira não existisse.
Chegando a Visegrad, não encontramos informações de tipo nenhum na paragem do autocarro, como por exemplo “como sair dali no dia seguinte?”, e o hotel para onde planeávamos ir tinha ar de estar fechado e abandonado há muitos anos… Parece que não tínhamos chegado a lado nenhum…
Mas depois vimo-la.
A ponte de Visegrad, sobre o rio Drina, chama-se Mehmed Pasa Sokolović, em honra ao grão vizir otomano que encomendou a sua construção no século XVI.
A sua estrutura é típica da arquitectura/engenharia que existia no apogeu do império Otomano, contemporâneo do Renascimento italiano.
Por razões arquitectónicas, históricas e geográficas, esta é uma obra que foi – e continua a ser – testemunha de intercâmbios culturais da transição entre impérios (otomano – austro-hungaro) e palco de conflitos (1ª, 2ª Guerra Mundial e guerra na Bósnia) que nos últimos séculos caracterizaram a região.
Gosto de pontes históricas e desta também gostei.
Realmente esta última foto é de cortar a respiração 🙂
Gosto.