
Foi um dos sítios que mais gostei de visitar.
Aqui se relaxou longe do buliço das grandes cidades.
De repente estávamos metidos numa cidade que é uma cidade sagrada para os hindus (tem mais de 500 templos) mas que ao mesmo tempo parece um ajuntamento de hippies modernos e viajantes de mochila de todas as partes do mundo… ingleses, australianos, israelitas, checos e até outros portugueses!

Há a rua principal que alberga um mercado permanente. E toda a gente se passeia por lá como se fosse de lá. Ouvem-se os guizos das pulseiras de tornozelo das raparigas de cabelo solto, as suas saias de seda esbanjam cores e brilho, na pele tatuagens de henna. Música e cantares ao longe e ao perto, de dia e de noite. Cheira a incenso e a hash.
De manhã as mulheres lavam a roupa no lago e alguns velhos tomam banho. Cozinha-se na rua em frigideiras impossíveis de enormes. No templo de Brahama, pessoas de pés descalços oferecem flores cor de rosa. Ao final da tarde toda a gente se reúne no ghat principal, cada um com os seus afazeres sagrados: os judeus rezam, os hindus banham-se e nós estamos ali para ver mais uma vez o sol a pôr-se.
E tudo é acompanhado por tambores que nos envolvem e vão aumentando cada vez mais a cadência à medida que o tempo se esgota.